DESEJOS
Victor Hugo* Desejo, primeiro, que você ame, e que, amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer e esquecendo não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim, mas se for, saiba ser sem desesperar. Desejo também que você tenha amigos que, mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que pelo menos em um deles você possa confiar sem duvidar. E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos, nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas. E que, entre eles, haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiado seguro. Desejo, depois, que você seja útil, mas não insubstituível. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que er