PAPA FRANCISCO, ÁGUA BENTA NO BRASIL!
O Estado é uma entidade obsessora.
Por João-Francisco
Rogowski
Ultimamente, em face às manifestações populares que
percorrem as ruas do país, tenho aprofundado minhas reflexões sobre o panorama
brasileiro e mundial.
Essas reflexões não se de agora, no ano de 2011
escrevi “A Grande Revolução”,
um exagium philosophico-theologicum na ânsia de apontar para
mim mesmo um caminho para o futuro, antevendo os acontecimentos que estão
ocorrendo hoje nas ruas do Brasil.
Hoje tive a alegria de ler o artigo “Cabala, Estado e as razões
anti-iluminatus” da autoria do colega advogado e jornalista
Júlio Cézar de Lima Prates, onde ele tece considerações sobre assuntos
variados, como a crise dos 40 anos, sistema de crenças, espiritismo,
karcedismo, cabala, maçonaria, nazismo, anti-semitismo, ideologias políticas,
mas o seu foco é o Estado.
Concordo em grande parte com suas idéias esboçadas
no texto em comento, especialmente em relação ao Estado, mas discordo de suas
afirmações em relação aos Maçons, de qualquer forma recomendo a leitura, no
geral o texto é muito bom e esclarecedor.
Nos primórdios da humanidade a sociedade era
tribal, com o passar do tempo os homens sentiram a necessidade de melhorar sua
organização, pois, até então, as coisas eram precárias e desorganizadas, o
lavrador era também soldado, acabava não fazendo nada direito, era um péssimo
soldado por falta de treinamento e acabava ferido ou morto, depois a
tribo passava fome por falta de produção agrícola em decorrência dos lavradores
antes mortos em batalha.
Dessa necessidade surgiu o Estado de forma ainda
rudimentar que mais se assemelhava no início ao um condomínio com síndico,
subsíndico, tesoureiro, etc., e que foi se aprimorando paulatinamente até
chegar ao modelo de Estado que vigora hoje.
O livro de Samuel.
A palavra Bíblia vem do grego “BIBLOS”, que
significa “livros”, ou uma pluralidade de livros ou biblioteca.
O livro do Profeta Samuel inserto na Bíblia, relata
o período de vida tribal dos israelitas e ilustra com riqueza o que eu disse
antes.
Samuel fez um precioso registro histórico ao narrar
que as doze tribos de Israel achavam-se desorganizadas. No período relatado em
I Samuel, o perigo em comum obrigou-as a unirem-se. A conclusão lógica deste
processo seria o estabelecimento do Estado.
O livro relata a existência de duas correntes
antagônicas sobre o surgimento da autoridade política central: a primeira era
contrária e hostil à monarquia, enveredava por uma linha mais democrática das
tribos do Norte que viviam em terras mais produtivas, a segunda era favorável à
monarquia e se afinava com a visão da Tribo de Judá, que vivia em terras menos
produtivas.
Percebe-se que desde priscas eras o
surgimento do Estado era inevitável, a grande questão que deve ter atormentado
os israelitas na antiguidade é se esse novo ente, quer seja na forma monárquica
ou democrática, cumpriria a sua missão mediadora e representativa do reino de
Deus na terra, cujos valores principais são a verdade, a justiça, a paz, a
fraternidade, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana, ou, se
sairia de controle tornando-se uma instituição malévola e opressora do povo?
Como o Júlio Prates mencionou a Cabala em seu
texto, quero falar sobre um conceito cabalístico denominado “egrégora” ou
“egrégore”.
Essa palavra provém do grego “egrégoroi” e designa
a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas
ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade.
Na medida em que a egrégora se fortalece, ela cria
vida e mente própria assumindo as características das partes que a compõe,
quanto mais santificadas forem às mentes que integram determinada egrégora,
mais santa ela será.
Jesus disse: “onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18:20)
O contrário também é verídico, quanto mais
negativos forem os propósitos, sobretudo, dos líderes de determinando
agrupamento, mais demoníaca será àquela egrégora.
O Júlio Prates também mencionou Allan Kardec e a
doutrina espírita, então, considerando a cultura política brasileira, a índole
de nossas lideranças governamentais, o cancro da corrupção que permeia em todos
os setores da nação, público e privado, chego à conclusão, mesclando os
ensinamentos da cabala com o kardecismo, que o Estado Brasileiro é uma
entidade obsessora, um encosto, uma egrégora formada por uma falange de
outras entidades, atrasadas, presas aos vícios, capazes de fazer qualquer
coisa a fim de obterem poder para dominar e oprimir o povo.
O tema é interessantíssimo e vasto, porém, não
querendo me alongar para não fadigar os leitores caminho para o encerramento,
antes, porém, quero registrar que só não concordo com o Júlio Prates quando ele
disse que os Maçons são nazistas e anti-semitas.
Isso é uma heresia, todavia, não se pode culpar
algumas ou muitas pessoas de pensarem assim, a uma, pela campanha difamatória
que historicamente persegue a Maçonaria, e, a duas, há pouca literatura séria
sobre a Maçonaria até pelas características da própria Ordem que sempre
procurou se manter quase que invisível no mundo.
Certa feita chamou-me a atenção entrevista televisa
de uma senhora que, sedizente historiadora, afirmou que a Maçonaria não teve
nenhum envolvimento na Revolução Farroupilha, pois, naquela época não havia
ainda Maçonaria no continente Sul-americano.
Como sou historiador autodidata, formado pela
experiência de pesquisa em arquivos, bibliotecas e jornais antigos, fiquei
perplexo com essa afirmação feita em um canal de televisão de grande penetração
popular, uma vez que, eu já estava trabalhando numa pesquisa sobre o histórico
libertário da Maçonaria e sua influência em movimentos insurgentes no Brasil e
no mundo, e já havia tido acesso a documentos secretos comprovando a
participação de Maçons na Revolução Farroupilha.
No decorrer de minha pesquisa pude verificar a
forte influência do Cristianismo Protestante na Maçonaria, especialmente
durante o período iluminista no século XVIII.
O mais surpreendente foi descobrir que os Maçons
alemães eram antinazistas e lutaram ferrenhamente contra Hitler, duzentos mil
Maçons alemães foram assassinados.
Para lembrar esses mártires da luta contra a
tirania foi instituída uma insígnia representada pela flor
“Não-Te-Esqueças-De-Mim” usada como um emblema maçônico na primeira Convenção
Anual em 1948 das Grandes Lojas Maçônicas Antigas e Aceitas da Alemanha.
A partir do século XX vem crescendo o movimento
denominado de Sionismo Cristão, uma corrente dentro da
cristandade que entende que o retorno dos judeus à Terra Santa, e o
estabelecimento do novo Estado de Israel em 1948, cumpre uma profecia bíblica e
anuncia a volta de Cristo.
Os Cristãos sionistas acreditam que o povo de
Israel continua a fazer parte do povo escolhido de Deus, juntamente com os
cristãos gentios enxertados. (Romanos 11:17-24)
A aproximação entre Cristãos e Judeus se faz sentir
na Maçonaria cuja influencia do cristianismo é muito forte como eu disse antes,
sendo, que há um rito maçônico denominado Adonhiramita repleto de apetrechos e
simbologia hebraico-judaica, como o candelabro de Sete Braços – o Menorá dos
hebreus, presente na decoração das Lojas desse rito.
Minha pesquisa foi publicada, depois revista e
republicada em alguns sites, depois disso tive acesso a mais documentos
secretos, estou preparando a segunda revisão do trabalho.
A versão atual contem a reprodução de um
documento do ano de 1835 que comprova a participação de Maçons nos
preparativos dos combates farroupilhas.
Está disponível do Canal Eletrônico e já teve quase
treze mil (13.000) acessos, somados aos acessos da versão anterior, beira os
trinta mil (30.000) acessos o que comprova o grande interesse que o tema
desperta, sobretudo, histórico, conforme se depreende de comentários deixados
por leitores, estudantes e professores de história.
A próxima revisão publicarei em livro ou
e-book. Para acessar o textoclique aqui.
O Brasil precisa de um descarrego urgente!
Papa Francisco, água benta no Brasil!
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