FAZENDO ACONTECER DENTRO DE NOSSAS TEIAS


                                                                                       por Teresa Cristina Pascotto

Um pouco mais do nosso universo inconsciente, na dinâmica oculta dentro de nossa Matrix.

Ao nascer, somos inseridos num contexto familiar que segue um padrão de nossos ancestrais, que acontece dentro de uma grande teia energética. Ali inseridos, "recebemos" condições de limitações pré-estabelecidas e impostas pela teia. Estamos ligados a todos e estendemos e projetamos nossa teia para o mundo, construindo nossos relacionamentos a partir dessa referência. Aceitamos a crença de que "não temos o direito" de decidir por nossa vida no sentido de promovermos mudanças que estejam fora dos padrões limitantes estabelecidos pela teia e a "pena para o infrator" é a exclusão e rejeição. O medo da rejeição é tão intenso em nós, que aceitamos as condições sem questionar. Porém, chega um momento em nossa vida, que isto se torna insuportável e o impulso proveniente da dor nos leva a buscar mudanças reais, já não conseguimos mais nos manter prisioneiros das limitações da teia e partimos em busca de liberdade.

Com isso, conseguimos evoluir e nos "elevar" a um patamar acima, em nível de consciência e conquistas, e isso incomoda os demais, porque nos percebendo acima, tomam consciência de sua condição "abaixo". Por não quererem ou não saberem como mudar seus padrões de comportamento, sentem-se desconfortáveis, fazendo com que não suportem lidar com a nossa nova condição. O ideal seria que olhassem para nós com admiração e humildade, para que se conscientizassem de que é possível mudar, e que isso fizesse com que desejassem seguir nosso exemplo, porém, como nem todos estão dispostos a passar pelo processo de transformação pessoal, suportando tudo o que isso significa, preferem recuperar o conforto habitual da teia onde tudo está "onde deveria estar", onde todos continuam em seu "sono", agindo como zumbis diante da vida, dando-lhes a falsa sensação de que está tudo em ordem. Assim, para recuperarem a pseudo-ordem da teia, eles nos "puxam" para que retornemos às condições vibracionais da teia, assumindo nosso lugar limitado.

Isto pode acontecer dentro de nosso convívio familiar e/ou dentro de um grupo ao qual pertencemos. Por exemplo, se for relacionado ao profissional: nossos colegas ou pares de trabalho que não estão conseguindo alcançar os mesmos patamares, realizações, discernimento e sabedoria que conquistamos, se sentirão muito desconfortáveis e até inferiores a nós, o que os levará a fazer de tudo - energética e psiquicamente - para nos desestabilizar, para nos trazer de volta ao mesmo patamar que eles. Essas pessoas não conseguem suportar nos ver num patamar acima, realizando nossos feitos, enfrentando nossos medos, conquistando nossos objetivos, com muita tranqüilidade e confiança.

Infelizmente, na maioria das vezes, as pessoas se sentem assim incomodadas com nosso crescimento e nos invejam ou, pior, cobiçam nossa posição ou bens e sentem raiva de nós. Se estivermos muito firmes e determinados com nossas conquistas, nenhuma energia contrária ao nosso crescimento nos afetará. Porém, se não estivermos muito certos do que queremos dentro do que alcançamos, se tivermos dúvidas e medos antigos nos assolando, se não estivermos ainda adaptados ao novo momento, nos sentindo solitários nesse novo lugar por não conseguirmos encontrar ninguém do nosso convívio que esteja nesse mesmo lugar, isto poderá nos deixar vulneráveis. Nesse ponto, poderemos ser afetados fortemente de forma negativa, por toda e qualquer energia e influência psíquica - de raiva, inveja e cobiça - que esteja contrária a nós, na tentativa de nos limitar, interditar ou puxar de volta; ou pela energia de pessoas que estão ligadas a nós por condições de dependência e que não estejam conseguindo nos acompanhar na "subida" e que estejam com medo de perder a conexão conosco, por todo o favorecimento que lhes proporcionamos. Tudo isso abala a teia como um todo.

Se tivermos consciência de que nosso movimento rumo às mudanças causará esse abalo e nos mantivermos firmes, independentemente do que vierem a investir de energia contra nós, poderemos encontrar meios de não nos deixarmos afetar. Porém, vale reforçar, que os movimentos de contrariedade dos outros às nossas mudanças, somente terão efeitos destrutivos em nós se não estivermos seguros e certos do que queremos dentro dos patamares em que chegamos.

Alguns poderão apenas nos puxar ou interditar nosso avanço, mas há aqueles que irão tentar nos aprisionar para "roubarem nossa fórmula de fazer acontecer" que criamos com tanto empenho para nossas realizações. Se isto ocorrer e estivermos perdendo nossas conquistas e poder pessoal, precisaremos aceitar, mesmo que fiquemos com raiva ou em desespero por estarmos nos sentindo totalmente impotentes e perdidos pela influência negativa da pessoa. Com essa aceitação, pararemos de lutar contra algo que está acontecendo e isso promoverá um relaxamento interno.

Neste ponto, deveremos olhar para dentro de nós para descobrirmos o que, em nós, não está de acordo com o lugar ou resultado que conquistamos, quais são nossas dúvidas, nossos medos e inseguranças dentro do novo patamar. De nada adiantará ficarmos paralisados em nossa indignação diante das armadilhas, inveja e cobiça do outros, por mais que tenhamos todos os motivos para tal. Também não deveremos tentar "arrancar" do outro aquilo que nos roubou, pois isto não fará com que resgatemos aquilo que deixamos escapar, pois existe um motivo, oculto em nosso inconsciente, que é o verdadeiro responsável por termos sido "roubados", pois foi por esse motivo oculto que permitimos, inconscientemente, o acesso aos invasores, saqueadores e vampiros psíquicos. Precisaremos respeitar essa nossa questão negativa interna e desejar encontrarmos meios para curá-la. Com esta consciência e aceitação dos fatos, conseguiremos encontrar um ponto de equilíbrio para essa questão e teremos a chance de voltar ao patamar novamente, mas agora, munidos de novas ferramentas e recursos para que enfrentemos, com coragem, nossas dúvidas e medos diante do novo.

Apesar de terem nos puxado de volta à teia, logo recuperemos nosso poder pessoal e conquistas, pois nossa vibração já está mais elevada. Não deveremos nos desgastar, lutando para pegarmos de volta nossa "fórmula de fazer acontecer" que nos foi tirada, pois ela é compatível apenas com a nossa vibração, fomos nós que a criamos e o principal ingrediente da fórmula é a nossa energia. Se tentarmos resgatá-la ou se ficarmos nos consumindo de raiva da pessoa que nos roubou, estaremos projetando nossa energia para a fórmula, e isso fará com que ela se mantenha potente. Se aceitarmos que a nossa fórmula nos foi tirada e desistirmos de pegá-la de volta, a retirada de nossa energia fará com que a fórmula perca o poder e não funcione mais. Utilizaremos nossa energia na intenção de fazermos outra fórmula, aperfeiçoada e acrescida dos ingredientes de "fazer sustentar nossas conquistas".
Sairemos desse processo mais conscientes de nossas auto-sabotagens, o que fará com que passemos a criar com mais atenção e intenção mais focada na sustentação de nossas conquistas e com mais coragem de enfrentarmos nossos medos que antes estavam ocultos.

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