CONSELHOS ERRADOS QUE AS PESSOAS DÃO: NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS
Por Ana Carolina Prado
Muitos de nós crescemos ouvindo apresentadores de
TV, cantores, personagens de programas infantis e toda espécie de espalhadores
profissionais de clichês repetindo à exaustão o mantra: “nunca desista dos seus
sonhos”. Há variações, como “persiga os seus objetivos até o fim” ou “tenha fé,
que um dia você vai chegar lá”. Como sempre, sabemos que a intenção é boa – e é
importante receber encorajamento desse tipo. Mas é preciso ser racional e
equilibrado. Não queremos destruir o sonho de ninguém, mas a ciência nos insta
a dizer: nem sempre você vai alcançar os seus objetivos e é preciso
aceitar isso. Senão, corre o risco de se tornar um velhinho ranzinza e
amargurado.
Séries e filmes vivem explorando a figura do
velhinho ranzinza, como Shit my Dad Says e Up. Personagens assim
fazem sucesso e parecem divertidos na cultura pop, mas vamos combinar que
ninguém curte se imaginar virando um desses na vida real. A amargura na idade
avançada não é um comportamento normal que acontece com todo mundo, e sim um
indício de depressão. Um estudo da Universidade de Colúmbia Britânica feito
pelos psicólogos Erin Dunne e Carsten Wrosch sugere que, no geral, uma das
principais causas do mau-humor é essa coisa de perseguir incansavelmente um
objetivo que você nunca será capaz de alcançar.
A boa notícia é que dá para evitar que nós nos
tornemos velhinhos e velhinas ranzinzas no futuro se mudarmos a forma como
encaramos as coisas desde já. E a principal delas envolve o que os
pesquisadores chamaram de “desengajamento objetivo”, ou a decisão de
abrir mão de certas metas quando for o caso. O pesquisador Carsten Wrosch deu
dicas nesse sentido para o site TheAtlantic.com.
Listamos algumas delas:
1. Assuma a responsabilidade pelos seus próprios
erros.
Segundo Wrosch, a amargura é consequência de experiências ruins (como falhas, decepções ou fracassos) que são considerados fora do controle. A pessoa se sente vítima do mundo e acha que é impotente frente às situações. Quando reconhecemos que a culpa por coisas assim terem acontecido às vezes é nossa, podemos nos sentir arrependidos e tristes por um tempo – o que é normal, mas passa e, se permitirmos, acaba nos ajudando a tomar decisões melhores no futuro. (Desde que você não pese a mão na autocrítica e comece a se condenar eternamente, como já dissemos anteriormente) Já quando jogamos a culpa em outra pessoa, podemos sentir uma raiva e/ou amargura que vai se acumulando com o tempo.
Segundo Wrosch, a amargura é consequência de experiências ruins (como falhas, decepções ou fracassos) que são considerados fora do controle. A pessoa se sente vítima do mundo e acha que é impotente frente às situações. Quando reconhecemos que a culpa por coisas assim terem acontecido às vezes é nossa, podemos nos sentir arrependidos e tristes por um tempo – o que é normal, mas passa e, se permitirmos, acaba nos ajudando a tomar decisões melhores no futuro. (Desde que você não pese a mão na autocrítica e comece a se condenar eternamente, como já dissemos anteriormente) Já quando jogamos a culpa em outra pessoa, podemos sentir uma raiva e/ou amargura que vai se acumulando com o tempo.
2. Se você falhou em um objetivo, seja razoável e
avalie suas reais chances de conseguir alcançá-lo antes de decidir tentar de
novo.
É preciso ser realista. É claro que, muitas vezes, vale a pena persistir em um objetivo e tentar muitas outras vezes até consegui-lo. Passar no vestibular, conseguir uma promoção ou arranjar um emprego em uma área que você deseja pode exigir esforço e muitas tentativas fracassadas antes. Afinal, essas coisas não são fáceis. Mas pode haver ocasiões em que não há muito o que fazer – e a melhor opção é desistir. Caso contrário, o preço a se pagar é a amargura.
É preciso ser realista. É claro que, muitas vezes, vale a pena persistir em um objetivo e tentar muitas outras vezes até consegui-lo. Passar no vestibular, conseguir uma promoção ou arranjar um emprego em uma área que você deseja pode exigir esforço e muitas tentativas fracassadas antes. Afinal, essas coisas não são fáceis. Mas pode haver ocasiões em que não há muito o que fazer – e a melhor opção é desistir. Caso contrário, o preço a se pagar é a amargura.
3. Se o seu objetivo é pouco realista, parta para
outras metas.
O “desengajamento” pode poupar você do fracasso recorrente e das emoções negativas que vêm associadas a isso. Pesquisas mostram que isso tem sido associado a níveis mais baixos de hormônios relacionados ao estresse e menos relatos de problemas de saúde. Mas que fique claro: isso não significa viver por aí sem objetivo – significa estabelecer novas metas. Fazer isso, por sua vez, promove níveis mais elevados de emoções positivas nas pessoas.
O “desengajamento” pode poupar você do fracasso recorrente e das emoções negativas que vêm associadas a isso. Pesquisas mostram que isso tem sido associado a níveis mais baixos de hormônios relacionados ao estresse e menos relatos de problemas de saúde. Mas que fique claro: isso não significa viver por aí sem objetivo – significa estabelecer novas metas. Fazer isso, por sua vez, promove níveis mais elevados de emoções positivas nas pessoas.
4. Se você já costuma culpar outras pessoas, faça
as pazes com ela
Além de tomar a responsabilidade pelas coisas que você faz e parar de culpar outros, é importante também fazer as pazes com a pessoa que você costuma culpar pelas suas derrotas. Muitas vezes, você vai precisar delas para resolver o problema (como em um casamento em crise, que necessita do trabalho de ambos os cônjuges para dar certo).
Além de tomar a responsabilidade pelas coisas que você faz e parar de culpar outros, é importante também fazer as pazes com a pessoa que você costuma culpar pelas suas derrotas. Muitas vezes, você vai precisar delas para resolver o problema (como em um casamento em crise, que necessita do trabalho de ambos os cônjuges para dar certo).
Nota: A amargura também pode ser resultado de algum
estresse pós-traumático. Nesse caso, a pessoa se sente intensamente injustiçada
e impotente e aí é necessário procurar ajuda psicológica.
Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/conselhos-errados-que-as-pessoas-dao-nunca-desista-dos-seus-sonhos/
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