Depois do STF, Senado também reduz poder do CNJ de investigar “bandidos de toga”

As decisões do STF e mais recentemente, do Senado, reduziram o poder do CNJ de investigar magistrados que cometeram improbidade administrativa ou que estão enquadrados no grupo dos que a Corregedora Geral Eliane Calmon nominou de “bandidos de toga”.

A reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado dia 21/12, foi encerrada sem a votação de projeto que explicita as competências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar e punir juízes.

Apesar do acordo para votação, a CCJ encerrou os trabalhos sem discutir o tema. Rumores deram conta que o presidente da CCJ foi pressionado com ligações de ministros de tribunais e por isso o projeto não foi votado.

Denúncias

Neste mesmo dia, a Folha de SP denunciou que o Ministro Ricardo Lewandowski teria sido beneficiado com sua própria liminar que suspendeu inspeção feita pelo CNJ na folha de pagamentos do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Folha denunciou que o Ministro, quando atuava no tribunal paulista, recebeu pagamentos sob investigação, feitos aos desembargadores do tribunal oriundos de um passivo trabalhista dos anos 1990.

O Sindjus/RS vem acompanhando os debates envolvendo o CNJ e lamenta que assim como o STF, também o Senado se curve a esse corporativismo nefasto de parte dos magistrados, perdendo a oportunidade de oferecer à sociedade um Poder mais transparente e democrático. Os trabalhadores continuarão lutando para que as mudanças no Judiciário ocorram o mais rápido possível.

Assessoria de Comunicação
Fonte: http://www.sindjus.com.br/site/noticias.php?id=1980

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