Como fazer boa apresentação em sala de aula
Potencialize as apresentações de conteúdos em sala de aula
Ensinar e apresentar um
conteúdo são atividades bastante parecidas. Em uma apresentação, espera-se que
o conteúdo apresentado esteja sendo aprendido.
Se fizermos uma análise do
processo ensino-aprendizagem em duas etapas, pode potencializar o "poder
de comunicação" do professor. O primeiro processo é a avaliação do nível
de conhecimento do aluno e o segundo, o uso adequado da técnica de
ensino-aprendizagem.
Nivelamento de conhecimento
Em uma sala de aula, você
pode estar pensando que os alunos estejam dominando as matérias básicas
exigidas como pré-requisito para sua disciplina, mas na realidade, não.
Por exemplo, em uma
disciplina de cirurgia, se o professor instruir um estudante de medicina a
fazer cirurgia em um paciente e ele não souber em que parte da coluna vertebral
passam os nervos, vai cortá-los e nem vai perceber, deixando o paciente
paralítico.
Em uma disciplina de
auditoria, se o aluno não tiver boa noção de contabilidade básica, de nada
adiantará o professor ensinar técnicas de evidenciação, por exemplo, pois o
aluno não saberá relacionar uma coisa com a outra.
Uma grade curricular de um
curso é elaborada de forma que o aluno vá obtendo conhecimentos em diversas
disciplinas passo a passo e evolua durante o curso, mas o professor deve
verificar o estado atual do aprendizado dos alunos e adaptar seu conteúdo ao
nível que a média da turma possa compreendê-lo. Se for o caso, pode tornar-se
necessária uma boa dose de "revisão" de matérias básicas.
É comum os coordenadores
de cursos exigirem dos professores o cumprimento do conteúdo programático. Aí,
os professores são obrigados a passar os conteúdos dentro do prazo estipulado.
O professor pode aplicar
um teste para avaliar o nível de conhecimento da turma no início e durante o
transcorrer da disciplina. Se verificar que há necessidade de revisar as
disciplinas consideradas como pré-requisito, não hesite em fazê-lo. Algumas
aulas de revisão que podem parecer perda de tempo reverterão em ganhos
substanciais no futuro.
Uma vez nivelados as bases
de conhecimentos (de ambos os lados, do professor e o do aluno), o professor
pode comunicar-se com os alunos por meio de três formas básicas: auditiva,
visual e sinestésica.
Capacidade de aprendizagem
Reconhecidamente, as
pessoas aprendem ouvindo, vendo e fazendo. Mas, atenção! Estudos mostram que
quando o cérebro tenta assimilar a associação de dois métodos ao mesmo tempo,
surgem complicações.
Em 2003, o Prof. Edward
Tuffe formulou e desenvolveu a "Teoria da Carga Cognitiva", que trata
da capacidade que o cérebro humano tem de assimilar informações. Essa teoria
diz que o cérebro humano processa e retém mais informações se elas tiverem sido
apresentadas na forma auditiva ou na forma visual, mas não nas duas formas ao
mesmo tempo (Bob Harvey. O segredo para apresentações irresistíveis.
Editora Universo dos Livros.).
Em uma apresentação por
meio de PowerPoint, por exemplo, espera-se que os alunos absorvam as palavras
faladas em conjunto com as imagens projetadas. Para que o efeito da
apresentação seja eficiente, recomenda-se dar um pequeno espaço de tempo entre
as falas e as visualizações. Precisa fazer com que os alunos se concentrem em
um ou outro recurso de aprendizado (auditivo ou visual).
Uma vez compreendido o
conceito, a aplicação do terceiro método, o sinestésico, é imprescindível em
disciplinas que exijam cálculos. O grau de aprendizado será maior se o aluno
fizer exercícios práticos, de preferência, do tipo que tem ligação perceptível
com a realidade de seu cotidiano.
Outro ponto importante que
o professor deve considerar no processo de aprendizagem da geração atual de
alunos é a alteração na forma de memorização na "era Google", que se
tornou mais superficial, de acordo com um estudo da psicóloga Betsy Sparrow, da
Universidade de Columbia.
Por Prof. Masakazu Hoji, para o ProfessorNews
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