A VERDADE SOBRE O NIÓBIO NO BRASIL – Parte 1
Está
circulando pela internet, em e-mails e blogs, um artigo sobre o nióbio. Este
artigo demonstra o que afirmei anteriormente, que a internet, assim como o
papel, aceita tudo, inclusive informações estapafúrdias, postadas por pessoas
irresponsáveis e / ou mal intencionadas que fazem afirmações sobre o que não
compreendem.
Neste post
e nos próximos, vamos abordar, com referências, alguns pontos levantados por
este e-mail que está em circulação.
1. A primeira
informação equivocada é de que o Brasil é o único fornecedor de nióbio e que
98% das jazidas desta liga se encontrem no Brasil.
Esta
informação é improcedente. Apesar do Brasil fornecer cerca de 80% do nióbio
consumido no mundo, há outros produtores de nióbio localizados no Canadá,
Rússia e outros países do mundo.
A Niocan,
por exemplo, no Canadá, fornece mais de 10% do consumo mundial de nióbio. O
site da empresa é:http://www.niocan.com/intro.asp,
O Nióbio
também é oferecido pela empresa Russa SpecMetallMaster Company. O site desta
empresa é http://specmetal.ru/en/niobium
O Brasil
tem 80% da capacidade mundial de produção de Nióbio e 77% das reservas conhecidas. Fonte
desta informação:http://www.metallurgvanadium.com/columbiumpage.html
Em
Mabounie, a 200 km a sudoeste de Liberville, capital do Gabão, foi descoberto
um depósito significativo de nióbio, com características semelhantes as
reservas de Araxá. O Gabão espera, com a exploração desta mina, suprir 15% da
demanda mundial de nióbio. Fonte:http://www.mbendi.com/indy/ming/othr/af/ga/p0005.htm
Há
ocorrências de nióbio também nos Estados Unidos, Austrália, Rwanda, Nigéria,
Etiópia, Moçambique e outros países. Muitas destas ocorrências não são viáveis
para a exploração devido ao fator custo benefício. Fonte:http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/niobium/mcs-2008-niobi.pdf
Outro
fator muito importante que deve ser levado em consideração é que o nióbio pode
ser substituído facilmente por outras ligas, como o molibdênio, o vanádio,
tântalo, titânio etc. Fonte: http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/niobium/mcs-2008-niobi.pdf
Outros
argumentos serão tratados em outros posts mais adiante. No entanto somente as
fontes aqui mencionadas seriam suficientes para desacreditar o e-mail que
circula pela web.
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